terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pelo sonho é que vamos

Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
Comentário do Poema:
Nós, quando sonhamos, vivemos, mas quando não sonhamos, tudo acaba.
Por isso, mais que ter sucesso, é preciso sonhar.

Somos assim aos Dezassete

Somos assim aos dezassete.
Sabemos lá que a vida é ruim!
A tudo amamos, tudo cremos.
Aos dezassete eu fui assim.

Depois, Acilda, os livros dizem,
Dizem os velhos, dizem todos:
“A Vida é triste! A Vida leva,
a um e um, todos os sonhos.”

Deixá-los lá falar os velhos,
Deixá-los lá... A Vida é ruim?
Aos vinte e seis eu amo, eu creio.
Aos vinte e seis eu sou assim.
Comentário do Poema:
Aos dezassete todos amam, todos tudo querem e em tudo acreditam.
A vida é difícil, por isso mais tarde deixam de acreditar; só o poeta é que continua a acreditar.
Todos os outros perderam a fé.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

EÇA DE QUEIRÓS


Eça de Queirós nasceu na Póvoa de Varzim de Novembro de 1845. Foi registado como filho de José Maria d e almeida de Teixeira de Queirós e de mãe ilegítima. José Maria Eça de Queirós é um dos nomes mais importantes da literatura portuguesa. Notabilizou-se pela originalidade e riqueza do seu estilo e linguagem, nomeadamente pelo realismo descritivo e pela crítica social constantes nos seus romances. Hoje, passado quase um século da sua morte, a sua vida ainda contínua.



Obras importantes:
1- Contos
2- Os Maios
3-o crime do padre amado
4-A Tragédia da Rua das Flores