Somos assim aos dezassete.
Sabemos lá que a vida é ruim!
A tudo amamos, tudo cremos.
Aos dezassete eu fui assim.
Sabemos lá que a vida é ruim!
A tudo amamos, tudo cremos.
Aos dezassete eu fui assim.
Depois, Acilda, os livros dizem,
Dizem os velhos, dizem todos:
“A Vida é triste! A Vida leva,
a um e um, todos os sonhos.”
Deixá-los lá falar os velhos,
Deixá-los lá... A Vida é ruim?
Aos vinte e seis eu amo, eu creio.
Aos vinte e seis eu sou assim.
Comentário do Poema:
Aos dezassete todos amam, todos tudo querem e em tudo acreditam.
A vida é difícil, por isso mais tarde deixam de acreditar; só o poeta é que continua a acreditar.
Todos os outros perderam a fé.
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